O termo sustentabilidade, tão presente no século 21,nos remete fortemente a Construção Civil, não a toa pois é a indústria que demanda a maior parte dos recursos naturais extraídos do meio ambiente e em contrapartida devolve o maior volume de resíduo sólido.
Felizmente, a boa notícia fica por conta dos esforços para reverter esse quadro. As ações do governo, como os incentivos fiscais para construções com itens ecológicos e a qualificação de eficiência energética, caso do recente selo Procel, já consolidado com sucesso na aplicação para os eletrodomésticos, passam a fazer parte das construções, e exigem da cadeia produtiva, sejam os fornecedores de materiais ou as construtoras, que incorporem com qualidade e custo, cada vez mais os elementos sustentáveis as construções.
Na outra ponta, independente das ações do Estado, o cliente é consciente do processo que estamos atravessando e vem mudando rapidamente a cultura em relação à forma de construir alguns itens excepcionais consolidados na construção, como aquecedores solares e lâmpadas fluorescentes, passam a receber outros elementos que gradativamente são demandados e reduzem os custos, caso de tecnologias, como as placas fotovoltaicas e as lâmpadas LED e de itens sustentáveis e reciclados como madeiras, telhas e pisos.
As palavras de ordem são: reduzir, reutilizar e reciclar.
Contudo, a construção sustentável não tem uma fórmula, ela é composta de elementos que a tornam mais ou menos sustentável, os quais vão além dos materiais citados, e devem ser resultado de soluções técnicas,
coordenadas em projeto e planejamento, que são capazes de potencializar resultados em elementos essenciais como uso de água, iluminação, ventilação, melhoria da qualidade do ar, permeabilidade do solo, redução de resíduos, entre outros.
Rafael Cheavegatti é proprietário da HAUS Arquitetura, técnico em edificações, arquiteto e urbanista,
consultor de imóveis e pós graduando em Gestão de Negócios Imobiliários e da Construção Civil pela FGV
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