terça-feira, 30 de abril de 2013

Facebook: o que as franquias podem ou não fazer nas redes sociais


As franquias estão utilizando, cada vez mais, as redes sociais para se comunicar com os clientes e impulsionar seus negócios. Uma recente pesquisa da Dito, empresa credenciada pelo Facebook como desenvolvedora oficial de aplicativos, aponta que 639, dentro das 880 marcas que fazem parte da Associação Brasileira de Franchising (ABF), criaram uma Fan Page para centralizarem a comunicação e ações de marketing da empresa. A consultora Thais Kurita, especialista em questões jurídicas para franquias, da KBM Advogados, apresenta alguns cuidados que precisam ser tomados com o uso dessa ferramenta para que não haja problema com a imagem da rede. 
De acordo com a consultora, esses cuidados devem constar no manual de franquia e entregue ao franqueado junto com outros documentos, como por exemplo, contrato padrão de franquia e a Circular de Oferta. Com isso, a relação entre o franqueador e o franqueado fica transparente, o que ajuda a eliminar os riscos quanto a exposição da empresa na internet.

Confira as dicas

Centralização de páginas de relacionamento de todo tipo, nas mãos do franqueador: o que se espera com essa centralização é que se facilite o controle do que é postado, manutenção de uma mesma linguagem da marca e também para facilitar o acompanhamento do que é postado por consumidores. Ajuda em momentos de crise.
? Quando não há formas de centralizar, porque, na maioria dos casos, a rede já está grande e os contratos são antigos, são editadas Normas de Conduta, normalmente amparadas pelo capítulo do contrato que fala das formas como podem ser utilizadas as marcas franqueadas, ou ainda, lançam-se novas regras nos Manuais.
? Processo de orientação ao franqueado: isso acontece através do envio de circulares á rede, das quais constem as formas que o franqueado deve agir se algo ruim for postado em sua página.
? Para falar do facebook como canal de vendas, os cuidados devem ser com relação à imagem da empresa, porque o e-commerce, ou f-commerce, como é chamado a venda de produtos pelo Facebook, é regulado pelo Código de Defesa do Consumidor. 


haís Mayumi Kurita
Especialista em direito societário, contratos e cível, com especialização em Direito Comercial e bacharelado em Direito, pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, a advogada é membro da Ordem dos Advogados do Brasil, de São Paulo, Associação dos Advogados de São Paulo (AASP); Associação Brasileira de Franchising (ABF). Por dois mandatos consecutivos foi Diretora Jurídica da Associação Franquia Solidária, braço de atuação em responsabilidade social da ABF

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