sábado, 26 de setembro de 2009

INOVAR PARA SOBREVIVER

Auli de Vitto - Forma Editora Ltda.
No mercado de produtos promocionais são lançados todos os anos cerca de 900 novos itens, porém, uma pesquisa feita junto aos grandes buyers do mercado, não mostrou a mesma percepção. A maioria dos entrevistados acredita que os produtos são basicamente os mesmos dos anos anteriores. Mas, o que isso pode prejudicar os fornecedores do setor? Um artigo publicado recentemente e divulgado no site www.brandchannel.com comentava sobre a estratégia de sucesso do Wal-Mart, considerada a maior rede de varejo do mundo, com vendas superiores a U$ 300 bilhões. Mais do que isso, o Wal-Mart constitui o maior ambiente de informações sobre produtos, marcas e comportamento do consumidor. Uma análise feita categoria por categoria em suas gôndolas revelou um aspecto surpreendente: as marcas premium estão crescendo, as de baixo preço estão roubando participação e as que estão entre as duas, encolhendo. A força da marca Wal-Mart decorre da enorme pressão exercida sobre os fornecedores no sentido de se obter o melhor preço para o consumidor final. Esta pressão, associada aos grandes volumes adquiridos, faz com que ano a ano as margens de produtos tradicionais dos fabricantes se tornem cada vez menores. A mesma caneta comprada por 0,10 centavos, no ano seguinte será adquirida por 0,8 e assim sucessivamente, até atingir o limite do fôlego de cada fornecedor. Se você analisar sob a ótica da marca, o prejuízo pode ser ainda maior. Como você se sentiria em encontrar, apenas a título de exemplo, um produto de grife por $ 200,00 em uma rede de varejo como esta, comparada aos $ 2000,00 de uma joalheria? Em médio prazo a empresa sucumbiria e seus produtos seriam considerados commodities. Então o que fazem as empresas para competir em um ambiente tão hostil, onde o preço passa a ser o fator determinante das compras? Como escapar da perversa armadilha de maiores vendas e menores lucros? As saídas não apresentam muitas opções: ou você trabalha intensamente na reengenharia dos produtos buscando o menor custo possível ou parte para desenvolvimento de novos produtos ou ainda tenta agregar valor aos tradicionais. Quando uma empresa apresenta novos produtos ou lançamentos inéditos não há referencial de preço anterior para nortear as compras numa rede de varejo. Eles de algum modo acabam se submetendo aos preços propostos e ao longo dos anos o processo de pressão é aplicado novamente.Então a forma de escapar deste círculo vicioso é através de constantes novidades em sua linha de produtos. Quando as empresas “esquecem” de apresentar novas idéias, os lucros começam a minguar. As que mais sofrem são as categorias que eu chamo de “eu também”, ou seja, aquelas que simplesmente fazem o que já existe por aí, que mantém os mesmos produtos ano após ano, que não investem em novos materiais nem no design do produto, que não buscam novas soluções, que têm medo de investir. Dessas empresas, você sempre ouvirá uma única referência à situação do mercado: “As coisas estão cada vez mais difíceis”. Apesar dos 900 produtos que são lançados na área promocional todos os anos, ainda há um longo caminho a percorrer até que o empresário brasileiro passe a investir sistematicamente no desenvolvimento de novas soluções e na criação de design, através de empresas especializadas e não projetos feitos em casa. Além disso, no Brasil há um grande distanciamento da indústria com relação às universidades e mesmo aos institutos de pesquisas tecnológicas.Identificando essas necessidades através de pesquisas, buscamos uma associação com o Centro São Paulo de Design - CSPD com o objetivo de incentivarmos uma aproximação maior entre recém-formados de design e a indústria. A idéia é criar um concurso onde os jovens profissionais poderão por a prova suas idéias sendo que as vencedoras serão implementadas pela indústria de produtos promocionais. Estarão sendo criados assim centenas de novos produtos com design exclusivos, desenvolvidos e custom
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